Você já se deparou com aquelas marcações intrigantes nas fachadas dos prédios por aí? O que você sentiu ao vê-las? Isso é o que chamamos de “mapeamento de fachada”. Mas afinal, qual é o propósito desses padrões misteriosos que se espalham pelas fachadas de edifícios pelo Brasil afora? Será que podemos realmente confiar nesse tipo de identificação? Acompanhe a série: #mapeamentosindecifraveis e veja com seus próprios olhos a criatividade do ser humano.
Mas vou deixar um registro meu aqui para matar sua curiosidade e bora refletir sobre o assunto!
Quando falamos em reabilitar fachadas, precisamos dar um passo à frente e profissionalizar a prestação de serviços nessa área. É fundamental valorizar os especialistas que desenvolvem metodologias específicas para cada situação, examinando minuciosamente o que essas fachadas “dizem”.
Eu costumo dizer que não existe uma receita pronta para resolver esse problema. O que existe é muita técnica, testes, análises e estudo dos materiais mais adequados para enfrentar esse desafio.
Falando por experiência própria, tenho um certo incômodo ao ver essas marcações nas fachadas. Você também já deve ter se deparado com algumas, não é? O pior é que essas marcações muitas vezes são feitas sem critério algum – fitas adesivas, tintas e sabe-se lá o que mais!
O que levaria o responsável por um prédio a permitir esse tipo de serviço? Só pode ser falta de conhecimento. Mas fique tranquilo, vou te guiar por um caminho mais claro, de acordo com o que acredito ser a melhor abordagem.
Por enquanto, deixemos de lado conceitos normativos e frequência de manutenção. Podemos falar sobre isso em outro momento. Hoje, quero discutir a importância do mapeamento no início do processo de reabilitação e modernização.
Precisamos enxergar o mapeamento como um guia. Hoje, existem técnicas avançadas de mapeamento, como drones e câmeras térmicas, que requerem um avaliador altamente qualificado. Também temos o mapeamento por percussão, que é uma técnica mais difundida.
Mas aqui está a questão crucial: de que adianta mapear e identificar problemas nas fachadas se não tivermos um consultor especializado para conduzir e avaliar os resultados? As fachadas podem apresentar diversas manifestações como por exemplo: desprendimentos, som oco/cavo, trincas, fissuras, falhas nas juntas e infiltrações etc.
E onde estão exatamente esses problemas? Precisamos de ensaios complementares para fechar o diagnóstico? E se a fachada estiver condenada? Ou se ela puder ser reabilitada com técnicas adequadas, com uso de novas tecnologias? São muitas perguntas, e a resposta não é simples.
Parece lógico: se eu não entender a origem dos problemas, como posso determinar o melhor caminho? Quais são os materiais e técnicas ideais para a reabilitação? Qualquer intervenção em fachadas é custosa, e você realmente quer correr o risco de ter que refazer tudo?
O ponto é mais profundo do que parece. Eu defendo um mapeamento detalhado em croquis e projetos, sempre acompanhado de consultoria especializada. É essa consultoria que vai definir onde e como mapear, criando anotações para análise técnica posterior.
Através desse processo, é possível demarcar e quantificar as patologias no projeto. Um consultor especializado em fachadas realiza o estudo e define a metodologia para a execução. Com o mapeamento, as quantidades e o projeto de reabilitação, é possível estimar os custos dos reparos. E somente após isso é que se pode tomar uma decisão.
Go, no-go?
Imagine que a resposta seja negativa. E se a conclusão for que a fachada não pode ser reparada no momento? O que você faz com uma fachada toda marcada com fitas e tintas? Por quanto tempo o edifício vai continuar assim? Se você é um investidor ou pretende adquirir uma unidade, compraria ao ver uma fachada nessas condições? Isso passa uma imagem muito depreciativa. Portanto, meus amigos, não permitam que façam esse tipo de trabalho em suas fachadas.
Mas se a resposta for positiva, você precisará encontrar empresas confiáveis e especializadas em reabilitação. O próximo passo é promover a concorrência técnica, usando o projeto de fachadas elaborado pelo Consultor especializado. É importante frisar novamente: quem define a metodologia é o especialista. As empresas especializadas podem ter experiência na execução e até especialistas em suas equipes, mas, infelizmente, essa nem sempre é a realidade do mercado. Então, sempre questione se você está contratando o que sua fachada realmente precisa.
E não esqueça, o mapeamento é uma fotografia do momento, um ponto de partida! Se houver um intervalo considerável entre o mapeamento e a execução, os problemas podem piorar, e os números previamente estimados podem mudar.
Reabilitar fachadas não é tarefa para amadores!
E quanto à execução? Bem, isso fica para outro artigo! Até breve!